IV COMPARTIR | O poder do afeto na confeitaria
IV COMPARTIR | O poder do afeto na confeitaria

IV COMPARTIR O poder do afeto na confeitaria

A quarta edição do Compartir, um dos principais eventos de confeitaria do País, reuniu uma gama diversa de participantes em torno do tema: o poder do afeto na confeitaria.

por Constance Escobar

O congresso idealizado pela confeiteira Joyce Galvão chegou à sua quarta edição trazendo ao centro do debate o valor do afeto e da memória como alicerces na construção identitária da confeitaria brasileira. No dia 23 de novembro, o evento reuniu pesquisadores, artesãos, empresários e chefs de diversas partes do País para um dia de apresentações sobre os mais diversos temas, tendo um pano de fundo comum: a capacidade de o ambiente acadêmico e as cozinhas profissionais dialogarem com as casas e os quintais, com o intimismo das receitas e técnicas transmitidas entre gerações, atravessadas por um caráter de afetividade que é elemento fundante de nossa cultura culinária.

Como já observava Câmara Cascudo em História da Alimentação no Brasil, nossa doçaria tende historicamente ao aprisionamento nos limites da casa, território das “prendas domésticas”. Como romper tais fronteiras e garantir que esse receituário possa pleitear espaço nas mesas de restaurantes, nas prateleiras das confeitarias modernas?

Ao reunir uma gama tão diversa de participantes em torno deste tema, o COMPARTIR pressupõe a relevância de que cada um dos profissionais ali presentes, no palco ou na plateia, possa refletir sobre seu papel na assimilação de nossas referências culturais, atuando como agentes que possibilitem a divulgação e a permanência de receitas e técnicas, ainda que trabalhando no sentido de sua atualização. Somente assim é possível assegurar que as próximas gerações catapultem da invisibilidade a tradição existente em nossos “modos de “fazer”, em nossos “modos de comer”.

Alimentar esta reflexão é assumir que o conhecimento extrapola os manuais, é admitir saberes que não cabem em fichas técnicas nem podem ser ensinados nas bancadas de uma universidade ou de uma cozinha profissional. É sublinhar a importância de que outros tipos de aprendizado, menos formais, mas não menos ricos, sejam incorporados às grades curriculares e à formação dos futuros chefs.

MANIFESTO PELA CONFEITARIA BRASILEIRA | COMPARTIR

 

OS DOCES CONTAM A NOSSA HISTÓRIA. A HISTÓRIA NOS AJUDA A COMPREENDER O NOSSO DOCE.

DOCES QUE SE MISTURAM ÀS NOSSAS LEMBRANÇAS DE
INFÂNCIA E FAZEM PARTE DE QUEM SOMOS.

DE UM PASSADO CHEIO DE MISTURAS SE FEZ A NOSSA DOÇARIA: RECEITAS LUSITANAS QUE UTILIZAVAM INGREDIENTES INDÍGENAS PREPARADOS POR MÃOS AFRICANAS TEMPERADAS COM ESPECIARIAS: CANELA, AÇÚCAR, CRAVO…

DA COZINHA DE NOSSAS AVÓS NASCEU UMA SABEDORIA QUE POR VEZES FICOU GUARDADA NOS ANTIGOS CADERNOS DE RECEITAS DE FAMÍLIA. SEGREDOS PRESOS NAS PANELAS E ESQUECIDOS PELO TEMPO.

ENTENDENDO DE ONDE VIEMOS SABEREMOS PARA ONDE
ESTAMOS INDO. POR ISSO, ACREDITAMOS QUE É POR MEIO DA TROCA DE CONHECIMENTO QUE A NOSSA HISTÓRIA SE MANTÉM VIVA E EVOLUI.

COMPREENDEMOS QUE A TRADIÇÃO É A BASE EM QUE SE APOIA O DESENVOLVIMENTO DA CONFEITARIA. É PRECISO OLHAR PARA O FUTURO SEM DESCONSIDERAR NOSSO  PASSADO.

POR ISSO QUEREMOS REVELAR OS ANTIGOS SEGREDOS
GUARDADOS NOS CADERNOS DE RECEITA, TRANSFORMÁ-LOS
EM CONHECIMENTO E COMPARTILHAR. SÓ ASSIM
ESTENDEREMOS A NOSSA DOCE COZINHA PARA O MUNDO!

 

COMPARTILHAR É A MELHOR MANEIRA PARA SE INSPIRAR!

CONFIRA NOSSOS EVENTOS

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