Acordei cheia de preguiça em um domingo de céu limpo e ensolarado. Preparei minha xícara de café e, como sempre, admirei o horizonte de São Paulo, que revelava o Pico do Jaraguá com todos os seus detalhes. Já era tarde e meu estomago, insatisfeito com apenas poucos goles de café me avisou que seria bom pensar no almoço.
Aproveitando que a fome veio antes dos restaurantes ganharem longas filas decidi, finalmente, conhecer o restaurante Orfeu, localizado no térreo do Edifício Vila Normanda, numa ruazinha sem tráfego, juntinho aqui do Copan.
Eu sempre preferi entrar no Copan pelo bloco A para observar o movimento do Orfeu e suas mesinhas na calçada. Gosto de olhar para o mezanino onde o restaurante se transforma em bar e pista de dança (que funciona como escola de dança de dia) com terraço aberto para a Avenida Ipiranga.
Mas meu interesse maior é espiar o que a galera anda escolhendo do cardápio do chef Raphael Cesana, que assina o menu das outras casas do grupo Chez. Com ideias pinçadas em diferentes regiões do Brasil, saem da grelha, que pode ser vista do salão (e também da rua), bifo ancho e fraldinha marinada de 350g por 65 reais, frango desossado (400g por 46 reais) e uma macia costela de boi de 16 horas (360g a 48 reais), todos sem acompanhamento, que devem ser pedidos à parte. Dos pratos especiais o picadinho da casa com couve rasgada e banana (48 reais) a um delicioso e farto baião de dois vegetariano (38 reais), que na minha opinião são ótimas opções para um delicioso almoço de domingo.
Agora se a sua ideia é botecar eu apostaria nos petiscos com tempero baiano como o abará (seis unidades por 24 reais) feito com massa de feijão-fradinho cozida em folha de bananeira servido com camarão seco e bacalhau, ou os espetinhos variados servidos em dupla – como o de camarão pistola com barriga de porco (59 reais) – acompanhados de pão de alho e pão delícia (típico baiano, bem macio, recheado e coberto com queijo ralado).