Onde comer na República, no Centro de São Paulo
Onde comer na República, no Centro de São Paulo

Onde comer na República, no Centro de São Paulo

#parasentirSp é uma declaração de amor pela cidade e um convite para você conhecer melhor a cidade onde vive!

por Joyce Galvão

Eu não conhecia o centro da cidade. Não como deveria. Sempre fui alertada dos “perigos” do centro e, por conta disso, evitava a região. Lembro uma vez que fui jantar no Terraço Itália e o motorista do taxi, mesmo relutante em me levar à República, foi efusivo: “quando eu parar o carro por favor desça rápido. Não gosto de parar por esses lados”. Tremi. Apertei a bolsa ao corpo e desci com o salto na mão (imagina só se eu ia conseguir descer rápido de um taxi e ainda de salto alto!).

Lembro de ir ao Bar da Dona Onça logo que inaugurou, há 10 anos! Ah o picadinho inesquecível da Janaína!!! Hoje ele já virou um clássico da cidade mas que eu, infelizmente, nunca mais frequentei! Também lembro de ver A casa do porco bar nascer, acompanhando de longe, pela internet. Desejando provar o tal do Porco a San Zé e as sobremesas da confeiteira Saiko Izawa. Foram 3 anos de espera e desejos, 3 anos…!

Tamanha bobeira de minha parte, deixei de viver boas experiências por puro rótulo de quem viu o centro entrar em decadência e, se nega a enxergar que uma nova vida surge ali. Novos bares, novos restaurantes e moradores que querem que o centro de São Paulo se renove e cresça. Por isso o movimento #vemprocentro tem mais de 1 milhão de fotos no instagram e vem conquistando (e reconquistando) os paulistanos a finalmente darem uma segunda chance a esse pequeno, e tão importante pedaço da cidade.

Atraídos por boas opções de bares, restaurantes e baladas o Centro ganha uma nova energia. Aqui do 32° andar do Copan, onde escrevo, ouço o centro respirar, renovado e pronto para uma nova e brilhante etapa na vida de São Paulo.

E se você quer sentir essa nova São Paulo venha para o Centro e siga minhas garfadas. Tenho certeza que você vai se surpreender!

ORFEU

Acordei cheia de preguiça em um domingo de céu limpo e ensolarado. Preparei minha xícara de café e, como sempre, admirei o horizonte de São Paulo, que revelava o Pico do Jaraguá com todos os seus detalhes. Já era tarde e meu estomago, insatisfeito com apenas poucos goles de café me avisou que seria bom pensar no almoço.

Aproveitando que a fome veio antes dos restaurantes ganharem longas filas decidi, finalmente, conhecer o restaurante Orfeu, localizado no térreo do Edifício Vila Normanda, numa ruazinha sem tráfego, juntinho aqui do Copan.

Eu sempre preferi entrar no Copan pelo bloco A para observar o movimento do Orfeu e suas mesinhas na calçada. Gosto de olhar para o mezanino onde o restaurante se transforma em bar e pista de dança (que funciona como escola de dança de dia) com terraço aberto para a Avenida Ipiranga.

Mas meu interesse maior é espiar o que a galera anda escolhendo do cardápio do chef Raphael Cesana, que assina o menu das outras casas do grupo Chez. Com ideias pinçadas em diferentes regiões do Brasil, saem da grelha, que pode ser vista do salão (e também da rua), bifo ancho e fraldinha marinada de 350g por 65 reais, frango desossado (400g por 46 reais) e uma macia costela de boi de 16 horas (360g a 48 reais), todos sem acompanhamento, que devem ser pedidos à parte. Dos pratos especiais o picadinho da casa com couve rasgada e banana (48 reais) a um delicioso e farto baião de dois vegetariano (38 reais), que na minha opinião são ótimas opções para um delicioso almoço de domingo.

Agora se a sua ideia é botecar eu apostaria nos petiscos com tempero baiano como o abará (seis unidades por 24 reais) feito com massa de feijão-fradinho cozida em folha de bananeira servido com camarão seco e bacalhau, ou os espetinhos variados servidos em dupla – como o de camarão pistola com barriga de porco (59 reais) – acompanhados de pão de alho e pão delícia (típico baiano, bem macio, recheado e coberto com queijo ralado).

O bar no mezanino do edifício – o que são esse lustres de cristal? Já quero!

O QUARTETO DE CASAS DO CASAL RUEDA

| A CASA DO PORCO | 

Comandado pelo chef Jefferson Rueda, A casa do porco bar foi o eleito para o meu jantar de comemoração da primeira noite vivida no edifício Copan. Ah que delícia poder sair a pé de casa e ir a um bom restaurante!!!

Aqui só entra porco… Digo: só é servido porco! Do cabo ao rabo, literalmente! Por isso comece com um bom caju amigo (35 reais), drink feito com cachaça, suco de caju, limão e compota de caju feita na casa, para já preparar o apetite!!!

Se for a sua primeira vez na casa eu acho interessante encarar o menu degustação, assim você consegue provar de tudo um pouco dentre 10 itens servidos. O menu tem duração próxima de 2 horas (com a casa muito cheia esse tempo pode aumentar consideravelmente devido a atrasos no serviço) e sai por 110 reais. Ele navega por 1 porção de embutidos feitos no próprio restaurante, 7 canapés, o famoso porco a San Zé e uma sobremesa da ex-confeiteira da casa, a premiada Saiko Izawa.

Se você quiser apostar fora do menu comece pela porção de torresmo de barriga de porco com catchup de goiaba seguido pelo carro chefe do chef, o porco a San Zé (42 reais): pedaços de carne úmida com pele vitrificada de um porco desossado e assado inteiro em forno a lenha, aos olhos dos clientes!

Agora se você me permite um conselho: vá com amigos, fome e tempo. O menu é interessante, vasto (são pelos menos 40 opções de bocados) e delicioso! Além disso talvez você precise enfrentar uma fila de quase 2 horas para conseguir uma mesa (a menos que chegue cedo!), e depois de enfrentar a batalha da espera acho que vale a pena sentar com tranquilidade e curtir toda a atmosfera do único restaurante em São Paulo que celebra o porco como rei!

| BAR DA DONA ONÇA | 

Já são 10 anos de casa, tempo mais que suficiente para tornar o Bar da Dona Onça um clássico da boemia paulistana e que, honestamente, acho que dispensa apresentações. Entretanto, contudo, porém, vamos lá!

Incrustado no edifício Copan, em uma época que ninguém tinha coragem de estabelecer um comércio por lá, está o Bar da Dona Onça, ou melhor dizendo, a casa da onça (apelido carinhosamente dado pelo marido), Janaína Rueda.

Da cozinha saem pratos elaborados com maestria por uma equipe afinada e premiada. São velhos conhecidos dos paulistanos como a galinhada, que ganha ares de modernidade pelas mãos da chef, a 69 reais, camarão com chuchu (69 reais) e um delicioso virado a paulista (51 reais). Não pule os petiscos e peça pelo pastelzinho com recheio extremamente suculento, e o croquete de carne de panela é de querer bater a cabeça na parede de tão delicioso (6 unidades a 36 reais).

O bar sempre tem fila, especialmente aos finais de semana. Então chegue cedo ou aproveite a atmosfera do centro e curta um drink regado a uma boa conversa enquanto aguarda sua mesa!

| HOT PORK E SORVETERIA DO CENTRO | 

Jefferson e Janaína Rueda fizeram o mundo, sim, o mundo(!) inteiro olhar para o centro da cidade. Na A Casa do Porco, por uma janela vende-se deliciosos sanduíches. Basta passar por lá, pedir, pagar e sair andando. Ou comer na calçada mesmo, tanto faz! Tamanho conforto em se encontrar finalmente em casa, e após duas décadas dedicado à alta gastronomia, Jefferson resolveu abrir o Hot Pork e vender cachorro quente a 15 reais.

Salsicha 100% suína, leve e saborosa, em pão dourado e macio, com ketchup de maçã com especiarias, mostarda fermentada com tucupi e maionese feita na casa é de esquecer o que você conhecia como cachorro quente por toda a vida. Se o podrão da tia da komboza é bom ou não, essa não é a discussão. A questão é que o Hot Pork provou com categoria que fast food não precisa se reduzir ao lixo industrializado que comemos no Mc Donalds.

Entre as grandes redes de fast food que vendem seus “números” a quase 30 reais prefiro ir ao centro, desbancar 25 moedinhas e comer além de um delicioso cachorro quente (com opção de salsicha vegetariana feita com cogumelos) uma porção de batatas fritas crocantes e sequinhas e um refresco da casa. Ah, e para melhorar, troco o sorvete de gordura açucarada pelas deliciosas criações geladas que Saiko Izawa deixou registrada na sorveteria, servidas em formato de deliciosas sobremesas, como o brigadeiro: sorvete de chocolate amargo com calda de brigadeiro, granulado macio e brigadeirinhos, ou o sorvete de leite com caramelo, porcopoca e bacon. Saio feliz e gasto bem menos que no Burguer King!

RICONCITO PERUANO

Antigamente era uma casa coladinha no metro República, hoje já são 10 casas que se espalham por São Paulo com direito a presentear aniversariantes com bolo (caso você resolva comemorar seus anos na casa com pelo menos 10 pessoas).

Sob o comando de Edgar Villar é possível encontrar, em qualquer uma das unidades, uma ceviche tradicional e muito bem servida, e outras opções com peixes e frutos do mar a um ótimo custo benefício. Para os amantes da culinária peruana, os pratos quentes como arroz chaufa ou o lomo saltado vem acompanhado de lembranças saudosas para quem, como eu, morre de saudades dos sabores do Peru.

 foto @romy.arita 

Z DELI

A mais nova unidade de uma das melhores hamburguerias da cidade (premiada em 2014 e 2017 pela Veja São Paulo) ganhou novo espaço no Centro de São Paulo (em 2017), precisamente na rua Bento Freitas, na República, no térreo do prédio da IAB-SP.

A casa tende a oferecer preços mais baixos que os oferecidos nas outras unidades, além de um maravilhoso croquete de pastrami (a 17 reais, 8 unidades) e o bun com pastrami de wagyu, coleslaw, picles e maionese (15 reais). O hambúrguer (23 reais) vem com duas carnes de 90g cada, queijo, picles, maionese cebola e molho especial. O cachorro quente, com salsicha e mostarda sai a 11 reais.

Aproveite o rolê até o centro para conhecer a Galeria do Rock, passar pela Catedral da Sé e até quem sabe encher a dispensa no Mercadão. Depois do passeio é só mandar um hamburgão para dentro e sair do centro feliz da vida, vivendo o melhor de São Paulo, como deve ser!

PARIBAR

Em plena Praça Dom José Gaspar, atrás da biblioteca Mario de Andrade, está o tipo de bar que te chama a pedir uma cerva e ficar observando a vida no centro acontecer. Reabriu suas portas em 2010, no mesmo endereço de quando funcionou de 1942 a 1980.

O menu do chef Luiz Campiglia resgata tradições e histórias de São Paulo, com acepipes de produtos vindos do Mercadão, como a conserva de lambari, ou porções que levam nomes de bares que fizeram história na cidade, como o canapé do bar do Léo. Para quem quiser bater um pratão pode optar pelas massas produzidas na casa ou partir para um dos lanches, como o churrasquinho grego, feito como se deve, no espeto!

Um local perfeito para uma reunião informal, regada a um bom “chopes”. Dá para também aproveitar a saideira com música ao vivo no final do expediente!

fonte: Paribar / Divulgação

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